quarta-feira, 7 de junho de 2017

Unidos venceremos

Pedreira de São Diogo, é uma obra de Leon Hirszman do ano de 1962. O filme narra a história de um grupo de trabalhadores que está prestes a desmoronar uma pedreira e tem seus serviços “parados” para avisar os moradores ao redor. Logo depois, porque a população daquele lugar “foi até a obra”, mostra sua “existência” naquele território.
Inicia-se com um som de trombeta e reparamos alguns homens trabalhando com ferramentas e explosivos. Ao que parece a narrativa toma destino inesperado quando o superior da ordem para aumentar os explosivos e um trabalhador resolve avisar a população que vive próximo.
Reparamos que os trabalhadores estão em condições precária. Nenhum deles, tem equipamentos (capacetes, óculos, luvas, botas de segurança) apropriados para o serviço. Suas roupas demonstram está desgastadas a ponto de mostrar grandes furos sob a pele.
Quando o trabalhador se propõe a avisar a população, os chamam de favelados, não reparando que talvez as condições deles eram os mesmos. Vemos que a mulher não entende nada por causa do barulho das máquinas e percebemos a semelhança do incômodo do serviço, tanto para os trabalhadores como moradores. Á um grande desconforto que até então a população não se manifestava, como vemos em roupas secando com poeiras ao redor.
O final, é surpreendente, a população não sai, acabam tomando a atitude de se manifestarem indo até o local.
Os detalhes da narrativa não ficam para trás, notamos expressões dos trabalhadores, do superior e dos moradores de forma clara, vemos os olhares e nenhuma projeção de fazer aquilo porque querem ou para um bem maior.
O filme nos leva a pensar até quando aguentar a “ordem” de um superior para um benefício próprio e até o momento que é preciso todos se juntarem por uma causa maior.
Conseguiram os moradores pararem a construção e colocarem “respeito” e orgulho nos trabalhadores que assumem isso através dos olhares e sorrisos. Tiveram êxito porque estavam juntos e “resolvidos” sobre o que fazer.
Seria um filme por trás do ditado “juntos somos mais fortes” e um bom exemplo que deveria está sendo seguido, visto as condições do Brasil atualmente.

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